Sinopse

A exuberante beleza do Tocantins é matéria prima desta exposição que visa, sobretudo, conscientizar o espectador na manutenção, respeito e preservação destes recursos. Um encantamento que desencanta à medida que se percebe a desconstrução advinda da ação humana.


São obras inspiradas na simplicidade da natureza coexistindo com o ser humano, que nela se funde. Os trabalhos são realizados sobre papel triplex 300g, no formato 66 x 46cm. A técnica utiliza graffiti com uso de spray por meio de stencil.


Nestas imagens trago texturas, grafismos e ícones do imaginário contemporâneo que se fundem nas imagens que desintegram-se em cores. O efeito traz a ideia do grau de ameaça imposto pela mão humana. Entre os ícones que se misturam nas imagens, trago a radioatividade, o lixo biológico, fogo, a morte, entre outros. O grafismo indígena e a sobreposição do arame farpado, retratam a compartimentação do espaço físico como propriedade privada causando a separação dos povos indígenas de suas terras, e por consequência, deteriorando a sua cultura e agravando a destruição da natureza.


Estas intervenções capturam a atenção do espectador, para dele abstrair subjetividades. Assim como o caçador se vale de suas iscas camufladas e estrategicamente dispostas para captura de sua presa. O olhar proposto nas obras procura agenciar um apelo à conscientização humana perante a nossa relação com os espaços.


O espectador é provocado a refletir sobre a coexistência da raça humana, a natureza e a tecnologia. O encantamento é então traiçoeiro e paradoxal, pois em um primeiro momento somos capturados pelas cores e o figurativismo representado nas imagens, para depois, refletir sobre a nocividade da intervenção humana. 

Sobre o autor

Adriano Alves da Silva, ou Adrians, como é conhecido, é um paulistano nascido em 1973 que mora em Palmas/TO desde 1994. Autodidata, atua no campo artístico desde 1986.



Procura relações com a ciência para embasar o conceito dos seus trabalhos. Autores como: Almont (1993), Alfred Gell (2018), Didi-Huberman (1998), Barthes (1984), Deleuze e Guatarri (2004), são tomados como fio condutor em linhas de pensamento que constroem as narrativas.


Adrians é um artista multimeios, capaz de gerir e realizar projetos artísticos em que se misturam: ilustração, pintura tradicional, técnicas complexas em softwares de pintura digital, edição de vídeo, graffiti, áudio, animação 2D, 3D, modelagem, video mapping, realidade aumentada e realidade virtual.

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“Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Emergencial do Tocantins – Artes Visuais, do Governo do Estado do Tocantins, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura, Fundo Nacional de Cultura”.